edição #292
consistência
bom dia! o grande salto da carreira médica costuma ser feito de passos pequenos e repetidos.

na news de hoje:

🧑⚕ colunista parceiro
🚨 Um escândalo médico que quase veio a público… e a negociação que salvou tudo.
Residentes, uma farmácia e um dilema ético perigoso. Judicializar poderia destruir carreiras, mas ignorar não era opção. A saída? Uma negociação de bastidores que manteve o caso em sigilo e preservou relações.
💡 No mundo da saúde, negociar não é apenas fechar acordos, é evitar desastres.
Esse conteúdo foi escrito pelo Dr. Fabrício Mulinari de Lacerda Pessoa, médico administrador e consultor em estratégia clínica, especialmente para os leitores do amo medicina.
Quer ler mais sobre isso? 👉 Clique no link e aproveite!

🗞 atualidades
O que mudou na prevenção do câncer do colo do útero? Avanços da colposcopia
por Dr. João Carvalho e amo medicina

O câncer do colo do útero ainda responde por 6,1% das mortes femininas no Brasil, embora a taxa tenha caído para 4,6/100 mil em 2020 graças à prevenção contínua. O impacto da vacinação é claro: estudo POP-Brazil registrou 80,6% de queda nos subtipos HPV 6/11/16/18 entre adolescentes imunizadas. Desde 2024, o Programa Nacional de Imunizações adota dose única para meninas e meninos de 9-14 anos, visando cobrir 90 % dessa faixa até 2030.
Em rastreamento, a Diretrizes Brasileiras para o Rastreamento do Câncer do Colo do Útero (2023) e a OMS/2021 recomendam DNA-HPV como teste primário a partir dos 25 anos, em intervalos de cinco anos, com colposcopia para resultados positivos. Essa mudança mostrou, em Indaiatuba (SP), detecção quatro vezes maior de NIC2+ na primeira rodada quando comparada à citologia.
A colposcopia não desapareceu, evoluiu. Plataformas digitais com IA elevaram a acurácia em 75% sobre colposcopistas experientes e já integram pilotos do SUS para regiões sem especialistas. Mesmo assim, a cobertura nacional de rastreamento organizado ainda não ultrapassa 30% das mulheres de 25–64 anos, evidenciando barreiras de acesso e adesão.
Para pôr em prática:
informar sobre a nova dose única HPV e reforçar início antes da primeira relação sexual;
buscar capacitação na colposcopia digital com IA, ampliando sensibilidade diagnóstica;
focalizar busca ativa em regiões de maior mortalidade, sobretudo Norte e Nordeste;
registrar exames no SISCAN para monitorar indicadores locais.
Com vacina eficaz, teste molecular sensível e câncer do colo do útero cada vez mais visível por lentes inteligentes, o desafio agora é conectá-los a todas as brasileiras — e transformar prevenção em história de superação coletiva.
com vacina única contra HPV, teste molecular e IA na colposcopia, o Brasil tem ferramentas poderosas contra o câncer do colo do útero. o que você acha que mais impactaria a redução de casos nos próximos anos?

🩺 especialidade destaque de hoje
Nefro + tecnologia = nefrologia

Wearables já entregam muito mais do que passos: na nefrologia de 2025 eles unem medidas contínuas de pressão arterial sem manguito, detecção de sobrecarga hídrica e sensores de creatinina/urato em suor ou urina; somados a plataformas de telemonitoramento, esses gadgets prometem antecipar crises hipertensivas e ajustar a dose de diuréticos em tempo quase real, reduzindo internações por injúria renal aguda.
Pressão sem braçadeira, 24/7
Smart‑rings e pulseiras usam fotopletismografia + IA para estimar pressão sistólica/diastólica; estudos coreanos já mostram correlação forte com MAPA de 24 h (erro <5 mmHg). A FDA liberou em julho/25 a Hilo Band, primeiro dispositivo OTC cuffless validado, com rollout previsto para 2026. Apple e Samsung anunciam BP nativo nos próximos smartwatches, acelerado pelo módulo satelital para alertas fora de área urbana.
Olho no rim além da creatinina
Bioimpedância vestível detecta variações >0,5 L no volume extracelular em hemodiálise domiciliar, oferecendo alarmes precoces de congestão. Patchs microfluídicos de seda medem níveis de creatinina e ácido úrico no suor em menos de 5 min, com limite de detecção clínico‑relevante (≈50 µM); sensores fingertip tocam suor interdigital para triagem de DRC leve em consultas de atenção primária. Uma revisão da Advanced Science resume 30 protótipos similares, destacando a tendência de multimarcadores (pH, potássio, ureia) em único patch.
Dicas clínicas rapidinhas:
oriente o paciente a calibrar o wearable com método convencional a cada 4 semanas;
valide leituras suspeitas (>180/110 mmHg ou <90/60 mmHg) antes de alterar dose;
em diálise, combine bioimpedância e peso seco para evitar hiper‑ ou hipovolemia;
documente no prontuário fonte dos dados (modelo, versão de firmware, app).
Na prática, wearables não substituem o bom exame clínico, mas ampliam o campo de visão do nefrologista entre as consultas — e, quem sabe, diminuem a distância até o transplante.
🔎 med escolha
já parou pra imaginar como será o seu dia a dia ao fazer a escolha errada da sua especialidade?
essa difícil decisão muitas vezes pode ser enviesada por parentes, amigos ou baseada em incertezas e pouca informação. o fato é que quanto a rotina de trabalho bate à porta, o peso de ter feito uma escolha sem segurança impacta no desempenho e satisfação dos profissionais de medicina.
foi pensando na realidade de médicos recém formados e estudantes de medicina, que cobram por respostas, mas não conseguem ter certeza na decisão da especialidade médica, que o med escolha foi criado

💡 dicas do amo

📰 rapidinhas
🤝 nova diretriz. idade inicial para rastrear diabetes tipo 2 muda para 35 anos, de acordo com nova diretriz de sociedade médica.
🪱 "detox de vermes". vira tendência e médica alerta para os riscos.

🇧🇷 notícia do brasil
Hospital do RS fecha UTI e transfere pacientes após detectar superbactéria considerada uma das mais perigosas do mundo

Reprodução/CNN
O Hospital Municipal de Novo Hamburgo, na Região Metropolitana de Porto Alegre, fechou temporariamente sua Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) após detectar a presença da bactéria Acinetobacter baumannii, considerada pela Organização Mundial da Saúde uma das mais perigosas do mundo. Os sete pacientes internados foram transferidos para a Unidade Neurovascular, que foi esvaziada para recebê-los, e as cirurgias cardíacas eletivas foram suspensas. A Fundação de Saúde Pública de Novo Hamburgo informou que todos os pacientes continuam recebendo os cuidados necessários e que a bactéria não é transmitida pelo ar, não oferecendo risco aos demais setores.
A medida foi tomada após dois pacientes serem internados na UTI com a infecção nos dias 11 e 15 de julho, seguidos por dois casos de transmissão cruzada nos dias 16 e 22 do mesmo mês. Assim que a presença da bactéria foi confirmada, órgãos de vigilância sanitária municipal e estadual foram acionados para acompanhar o caso e reforçar as medidas de controle.
A bactéria apresenta alta resistência a diversos antibióticos, incluindo os carbapenêmicos, medicamentos de uso restrito e considerados última opção no tratamento de infecções graves. O uso indiscriminado desses antibióticos contribui para o aumento da resistência bacteriana, tornando o controle de surtos ainda mais desafiador.

🌍 notícia do mundo
Mulher passa quatro meses constipada e perde 4,5 kg após tratamento

Reprodução/Metropoles
Uma jovem de 25 anos, com histórico de constipação desde a infância, precisou ser internada nos Estados Unidos após passar quatro meses sem evacuar. Ela procurou atendimento apenas quando as dores abdominais e o inchaço se tornaram insuportáveis. Mesmo com uso de laxantes, enemas e outros medicamentos, não conseguia evacuar, apresentando apenas episódios ocasionais de vazamento de fezes líquidas, sinal típico de impactação fecal. No exame físico, os médicos notaram o abdômen extremamente endurecido, comparando a textura a “argila densa e úmida”, devido ao acúmulo extremo de fezes.
Uma tomografia revelou que o intestino estava totalmente obstruído e que a paciente possuía um cólon sigmoide redundante, 15 cm mais longo que o normal, facilitando episódios recorrentes de prisão de ventre. Apesar da gravidade, ela recusou a cirurgia para remoção parcial do intestino e optou por um tratamento menos invasivo, passando por sessões de desimpactação manual sob anestesia. O procedimento precisou ser repetido várias vezes, já que nem mesmo as lavagens intestinais conseguiram amolecer as fezes endurecidas.
Durante a internação, a paciente seguiu dieta líquida e usou laxantes potentes, conseguindo evacuar 21 vezes e perder 4,5 kg. Recebeu alta com orientações para manter o tratamento e realizar acompanhamento com especialistas em gastroenterologia e cirurgia colorretal, mas não retornou às consultas recomendadas.

🃏 flashcards
confira a resposta do flashcard anterior e desafie-se com a próxima pergunta!
Quer fazer parte do maior clube de membros de medicina e aproveitar benefícios exclusivos?

🧬amo medicina
somos um hub de conteúdo médico e acompanhamos você em sua jornada na medicina. aqui, você encontra temas essenciais como marketing, finanças, carreira, tecnologia e atualidades do Brasil e do mundo. feito para médicos e estudantes de medicina, entregamos informações valiosas diretamente na sua caixa de entrada, todas as segundas e quintas-feiras, pontualmente às 06h36
🤝 divulgue sua empresa no amo medicina. clique aqui
📱 seja um criador de conteúdo para o instagram do amo. clique aqui
✍ quer ter um conteúdo públicado no amo? clique aqui
🗣️ médico, compartilhe sua trajetória com nossos leitores. clique aqui
🤝 parcerias
👋 nos vemos quinta-feira
vamos chegar na sua caixa de entrada por volta das 06h36. alguns servidores de e-mail são chatos e atrasam um pouco… outros são terríveis e nos colocam no seu spam e/ ou promoções. sempre que não nos encontrar na caixa de entrada, procure nessas duas abas.