por Dr. João Carvalho e amo medicina

Setembro Amarelo chega como um lembrete para a sociedade sobre a importância da prevenção ao suicídio e do cuidado com a saúde mental. Mas, para nós, da comunidade médica, o mês tem um peso ainda maior. Somos treinados para diagnosticar e tratar a dor do outro, mas, muitas vezes, ignoramos os sinais da nossa própria exaustão.

A pressão da prova de residência que se aproxima, os plantões exaustivos, o peso da responsabilidade pela vida alheia e a constante luta contra a síndrome do impostor criam uma "tempestade perfeita". É preciso falar sobre isso.

Estudos mostram que médicos e estudantes de medicina apresentam taxas de burnout, depressão e ansiedade significativamente mais altas que a população geral. A cultura da perfeição, o medo de demonstrar vulnerabilidade e a falta de tempo criam uma barreira que nos impede de procurar ajuda. Normalizamos o cansaço extremo e o estresse crônico como "parte do trabalho", um erro que pode custar caro.

Faltando poucas semanas para a prova mais importante da sua carreira, a ansiedade pode atingir o pico. Lembre-se: seu bem-estar não é um obstáculo para sua aprovação; ele é a condição para que ela aconteça.

É fundamental reconhecer quando a pressão deixa de ser um desafio e passa a ser um problema de saúde. Fique atento a sinais como:

Se você se identificar com esses pontos, procurar ajuda profissional não é sinal de fraqueza, mas de imensa força e responsabilidade. Cuidar da sua saúde mental é o que te permitirá ser o profissional que você sonha ser.

Que o nosso maior diagnóstico seja o de que, para cuidar dos outros, precisamos, primeiro, cuidar de nós mesmos.

Se precisar conversar, ligue 188. O CVV (Centro de Valorização da Vida) oferece apoio emocional gratuito e sigiloso 24 horas por dia.

A faculdade e a residência nos treinam para sermos especialistas técnicos de excelência. Dominamos a fisiopatologia, a farmacologia e a técnica cirúrgica. No entanto, ao entrar no consultório ou no plantão, rapidamente percebemos que o sucesso na medicina moderna depende de um conjunto de habilidades que raramente aparecem nos livros: as soft skills.

A verdade é que o conhecimento técnico é a base, o pré-requisito. O que realmente diferencia um bom médico de um médico inesquecível — e o que constrói uma carreira sólida e gratificante — é a maestria nas competências comportamentais. Aqui estão as 5 mais importantes e como desenvolvê-las ativamente.

Mais do que simplesmente transmitir informações, a comunicação efetiva garante que o paciente entenda, confie e adira ao tratamento, além de prevenir erros e conflitos com a equipe.

Empatia não é sentir pena; é a habilidade de se conectar com a perspectiva do paciente, validar seus sentimentos e demonstrar que você se importa com ele como pessoa, não apenas como um caso clínico.

Mesmo no início da carreira, você é um líder. Você lidera o plano de cuidado do paciente, a conversa com a família e a sua equipe de enfermagem e outros profissionais no plantão.

A medicina é uma maratona de alta pressão emocional. A resiliência é a capacidade de se recuperar de situações de estresse e de lidar com desfechos negativos sem se consumir.

A medicina raramente segue o roteiro dos livros. Pacientes apresentam quadros atípicos, recursos podem ser limitados e novas evidências surgem a todo momento.

A excelência técnica sempre será o alicerce da boa medicina, o ponto de partida inegociável. No entanto, é a maestria nessas habilidades comportamentais que constrói uma carreira de verdadeiro impacto, que fideliza pacientes e que protege sua própria saúde mental contra o esgotamento. A grande notícia é que nenhuma dessas competências é um dom. Assim como você treinou para suturar ou interpretar um eletrocardiograma, a empatia, a liderança e a resiliência também são habilidades que se aprimoram com prática, intenção e estudo. Investir no seu desenvolvimento humano não é um luxo; é a estratégia mais inteligente para se tornar o profissional que tanto o mercado quanto seus pacientes admiram e confiam.

📈 Gigante de hospitais dos EUA, Tenet Healthcare recebe avaliação positiva do mercado.

⚖️ Morte de 96 bebês em Sergipe leva Brasil a julgamento em corte internacional.

💡 Inovação na medicina: Projetos com IA disputam fundos da União Europeia.

O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) manteve a decisão de cancelar a bolsa de estudos integral do Prouni de uma estudante de medicina da Universidade de Caxias do Sul (UCS). Além de perder o benefício, a aluna foi condenada a ressarcir R$ 139 mil à instituição de ensino.

A ação foi movida após o Ministério da Educação (MEC) identificar que o estilo de vida da estudante era incompatível com o perfil de baixa renda exigido pelo programa. A principal evidência foram diversas viagens internacionais realizadas pela aluna entre 2018 e 2022, incluindo destinos na Europa e América do Sul.

Em sua defesa, a estudante alegou que não possuía renda própria e que as viagens foram custeadas por seu pai e namorado. No entanto, a relatora do caso no TRF-4, desembargadora Loraci Flores de Lima, argumentou que o Prouni é destinado a estudantes de grupos familiares de baixa renda. Segundo a decisão, o fato de a família poder arcar com despesas de alto custo, como viagens internacionais, demonstra que a estudante não se enquadra no perfil de vulnerabilidade socioeconômica que o programa visa atender.

A decisão serve como um precedente importante e um alerta sobre a fiscalização e os critérios de elegibilidade para programas de bolsas federais, reforçando que a análise considera a capacidade financeira do núcleo familiar, e não apenas a renda individual do estudante.

O Parlamento de Portugal rejeitou nesta semana uma proposta de lei que visava proibir a venda de jogos de lotaria, como as populares "raspadinhas", dentro e nas proximidades de hospitais, centros de saúde e outras unidades do sistema de saúde. A medida, proposta pelo partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN), foi chumbada com os votos contra dos maiores partidos do país, o Partido Socialista (PS) e o Partido Social Democrata (PSD), além do Chega.

O debate expôs um conflito direto entre a prevenção de doenças e o financiamento de políticas sociais. O partido PAN, autor da proposta, argumentou que a venda de jogos de azar em um ambiente de cuidado é uma contradição de saúde pública, pois promove o vício em jogo (ludopatia), uma doença que o próprio sistema de saúde trata. A deputada Inês de Sousa Real questionou a lógica de "tratar pessoas com esta patologia e, ao mesmo tempo, vender jogos que a podem potenciar".

Por outro lado, os partidos que votaram contra a proibição defenderam que as receitas obtidas com esses jogos são fundamentais para o financiamento de programas sociais em Portugal, inclusive na área da saúde, através da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. Eles classificaram a questão como um "falso debate", argumentando que o Estado deve prover uma oferta de jogo controlada e que a receita gerada é de grande importância. Com a rejeição da proposta, a venda de lotarias em unidades de saúde continuará permitida no país.

confira a resposta do flashcard anterior e desafie-se com a próxima pergunta!

Quer fazer parte do maior clube de membros de medicina e aproveitar benefícios exclusivos?

somos um hub de conteúdo médico e acompanhamos você em sua jornada na medicina. aqui, você encontra temas essenciais como marketing, finanças, carreira, tecnologia e atualidades do Brasil e do mundo. feito para médicos e estudantes de medicina, entregamos informações valiosas diretamente na sua caixa de entrada, todas as segundas e quintas-feiras, pontualmente às 06h36

🤝 divulgue sua empresa no amo medicina. clique aqui

📱 seja um criador de conteúdo para o instagram do amo. clique aqui

✍ quer ter um conteúdo públicado no amo? clique aqui

🗣️ médico, compartilhe sua trajetória com nossos leitores. clique aqui

vamos chegar na sua caixa de entrada por volta das 06h36. alguns servidores de e-mail são chatos e atrasam um pouco… outros são terríveis e nos colocam no seu spam e/ ou promoções. sempre que não nos encontrar na caixa de entrada, procure nessas duas abas.