por Dr. João Carvalho e amo medicina

A população brasileira com 60 anos ou mais duplicou de 8,7% para 15,6% entre 2000 e 2023, saltando de 15,2 milhões para 33 milhões de pessoas, segundo as Projeções de População 2024 do IBGE. Em 2070, cerca de 37,8% dos habitantes do país serão idosos, totalizando 75,3 milhões de pessoas. Prepare-se ou seja engolido por essa onda demográfica.

O cenário é crítico: existem apenas 3.167 geriatras no Brasil, representando 1,49 especialistas por 100 mil habitantes, segundo a Demografia Médica Brasileira 2025. Isso significa aproximadamente um especialista para cada 10.410 idosos – uma proporção insustentável. Dado alarmante: embora o número de geriatras tenha crescido 378,4% desde 2011, 58,1% estão no Sudeste e 65,1% nas capitais, criando imensas lacunas regionais.

A oportunidade é evidente: o IBGE projeta que a idade média da população passou de 28,3 anos em 2000 para 35,5 anos em 2023 e chegará a 48,4 anos em 2070. Curiosidade demográfica: a população brasileira atingirá seu pico de 220,4 milhões em 2041 e começará a diminuir, chegando a 199,2 milhões em 2070. O Censo 2022 revelou que o número de pessoas com 65 anos ou mais cresceu 57,4% em 12 anos.

Dica valiosa: especialize-se em síndromes geriátricas ainda na residência. A SBGG oferece o Título de Especialista em Geriatria através de prova anual. Segundo dados da Câmara dos Deputados, dos 42 mil alunos de residência médica, apenas 0,7% optam pela geriatria. Domine avaliação geriátrica ampla e cuidados paliativos. O médico preparado para o envelhecimento populacional será indispensável – não opcional.

por Dr. João Carvalho e amo medicina

Dezembro de 2025 chegou. Você provavelmente está exausto da maratona de plantões, da reta final da residência ou da correria do consultório. É natural que, nesta época, surja o desejo de que 2026 seja diferente: mais organizado, mais rentável, menos caótico.

O problema é que a maioria dos médicos trata suas metas de ano novo como "desejos vagos" e não como "condutas estratégicas". Dizer "quero ganhar mais em 2026" é o equivalente a prescrever "melhoras" no receituário de um paciente grave. Não funciona.

Se você é excelente em traçar condutas para os outros, por que falha em traçar para si mesmo?

Para 2026, propomos aposentar as resoluções de fim de ano e adotar um Protocolo de Carreira. Veja como estruturar suas metas médicas em 4 passos práticos.

Antes de prescrever o futuro, você precisa entender o passado. Reserve uma hora (bloqueie na agenda como se fosse uma consulta) e seja brutalmente honesto:

Diagnóstico: Identifique o que não pode se repetir em 2026.

Uma meta médica precisa ser cirúrgica. Use o acrônimo S.M.A.R.T. para transformar desejos em planos.

Não foque apenas em uma área. Uma carreira saudável precisa de equilíbrio entre estes três pilares:

Meta não escrita é apenas um sonho. Escreva suas metas S.M.A.R.T. para cada pilar. Cole no seu planner, na porta da geladeira ou no fundo de tela do celular.

E o mais importante: agende revisões trimestrais. Em março de 2026, você precisará reavaliar se o tratamento está funcionando ou se a conduta precisa mudar.

2026 não será diferente se você fizer as mesmas coisas. Assuma o controle do plantão da sua vida.

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Muitas vezes encarada como uma enfermidade de épocas passadas, a sífilis demonstra, com dados atuais, que permanece uma realidade viva e desafiadora na saúde pública brasileira. Longe de estar sob controle, os indicadores mais recentes apontam que a infecção pelo Treponema pallidum mantém um ritmo acelerado de crescimento no país.

Este cenário de alerta se reflete em todas as apresentações da doença: sífilis adquirida, sífilis em gestantes e, consequentemente, a sífilis congênita. A persistência dessa curva ascendente, mesmo diante de diagnósticos e tratamentos bem estabelecidos há décadas, sinaliza a existência de lacunas complexas na cadeia de cuidado.

Conhecida historicamente como "a grande imitadora" devido à sua capacidade de mimetizar diversas outras condições clínicas em seus diferentes estágios, a sífilis continua impondo dificuldades no diagnóstico precoce.

O enfrentamento eficaz desta epidemia silenciosa passa pela superação de barreiras conhecidas na saúde coletiva, que vão desde o acesso oportuno à testagem (especialmente durante o pré-natal), passando pela adesão ao tratamento completo, até o desafio crucial de interromper a cadeia de transmissão através da abordagem das parcerias sexuais. Reverter essa tendência epidemiológica continua sendo um dos grandes desafios sanitários do Brasil contemporâneo.

confira a resposta do flashcard anterior e desafie-se com a próxima pergunta!

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