edição #299

a arte da incerteza

bom dia. nos livros, as síndromes são claras e os diagnósticos, diretos. na vida real, a medicina é a ciência de tomar as melhores decisões possíveis, mesmo com informações incompletas. e essa é a nossa maior habilidade.

🤳 marketing

seu consultório no digital: 3 pilares para atrair pacientes pelas redes sociais

por Dr. João Carvalho e amo medicina

atualmente, ter uma presença digital forte não é mais um luxo, mas uma extensão do seu cuidado e profissionalismo. as redes sociais, quando usadas de forma ética e estratégica, são a principal ferramenta para construir autoridade e conectar-se com o seu paciente.

aqui estão 3 pilares fundamentais para transformar seu perfil em uma porta de entrada para novos pacientes:

1. facilite o agendamento: a porta de entrada do seu perfil 🚪

o paciente interessado não pode ter dúvidas de como marcar uma consulta. Cada clique a mais é uma barreira que pode fazê-lo desistir. A clareza aqui é fundamental.

  • destaque imediato: utilize o link da bio para direcionar para uma página de contatos ou diretamente para o agendamento via WhatsApp Business.

  • contatos acessíveis: certifique-se de que o telefone e o e-mail estejam visíveis nos botões de ação do perfil e, se possível, em um "Destaque" fixo chamado "Agende aqui". a informação precisa ser óbvia e imediata.

2. otimize sua Bio: seu cartão de visitas digital 📇

sua bio é o primeiro contato que o paciente tem com você. em poucos segundos, ela precisa comunicar credibilidade, especialidade e humanidade.

  • nome profissional: siga o padrão que gera confiança e melhora a busca: "Dr(a). Nome Sobrenome | CRM/UF XXX | Especialidade RQE YYY".

  • linha de atuação: deixe claro o que você faz. em vez de apenas "Cardiologista", tente "Cardiologista | Especialista em Hipertensão e Prevenção Cardiovascular".

  • localização e modalidade: informe a cidade de atendimento e se realiza consultas online. Ex: "📍São Paulo, SP | telemedicine Atendimento Online".

3. crie conteúdo que conecta e gera confiança 🔗

é o seu conteúdo que transforma seguidores em pacientes, construindo a confiança necessária para que alguém entregue a saúde em suas mãos.

  • conteúdo educativo: responda às dúvidas mais comuns do seu consultório, quebre mitos da sua especialidade e explique procedimentos de forma simples. isso posiciona você como uma autoridade confiável.

  • mostre seu lado humano: compartilhe sua jornada, os bastidores de um congresso ou o "porquê" de ter escolhido a medicina. histórias conectam e mostram o profissional dedicado por trás do jaleco (sempre de forma sóbria e sem autopromoção).

  • demonstre autoridade (prova social ética): em vez de usar depoimentos de pacientes (o que é vedado), construa sua autoridade de outras formas. mostre sua participação em congressos importantes, artigos que publicou ou explique, de forma educativa, uma técnica ou procedimento que você domina. a verdadeira prova social vem da demonstração de seu conhecimento e dedicação.

🩺 especialidade destaque de hoje

cirurgia oncológica: a especialidade onde a precisão do bisturi encontra a esperança

no complexo campo da Oncologia, o cirurgião oncológico representa um dos pilares fundamentais no tratamento do câncer. este especialista não é apenas um técnico de alta performance, mas um profundo conhecedor da biologia tumoral, que atua de forma decisiva desde o diagnóstico até as fases mais avançadas da doença.

reconhecida pelo conselho federal de medicina, a Cirurgia Oncológica é a especialidade que utiliza procedimentos invasivos com intenção curativa, paliativa ou diagnóstica, sendo um divisor de águas na jornada do paciente.

as múltiplas frentes de atuação do cirurgião

a atuação do cirurgião oncológico é vasta e vai muito além da simples remoção do tumor. ele é peça-chave em diversas etapas do cuidado:

  • diagnóstico e estadiamento: é através de procedimentos como biópsias incisionais, excisionais e linfadenectomias que o cirurgião obtém o material para análise patológica e define o estadiamento do câncer, um passo crucial para determinar o prognóstico e o plano terapêutico.

  • tratamento curativo: em muitos tumores sólidos, especialmente os diagnosticados precocemente, a cirurgia é o tratamento com maior potencial de cura. o objetivo é a ressecção completa do tumor com "margens livres", ou seja, sem células cancerígenas nas bordas do tecido retirado.

  • cirurgia paliativa: em casos avançados, o foco muda da cura para a qualidade de vida. o cirurgião atua para aliviar sintomas, como dor, sangramentos ou obstruções causadas pelo tumor, proporcionando conforto e dignidade ao paciente.

  • cirurgia de resgate e citorredutora: atua em cenários complexos, como na remoção de recidivas tumorais (resgate) ou na redução da maior parte possível do volume do tumor para aumentar a eficácia de tratamentos como a quimioterapia (citorredução).

a jornada de onze anos: a formação do especialista ⚕️

o caminho para se tornar um cirurgião oncológico é um dos mais longos e rigorosos da medicina, exigindo uma combinação de habilidade cirúrgica geral com um profundo conhecimento clínico oncológico.

  • graduação em medicina: 6 anos

  • residência em cirurgia geral: 3 anos (pré-requisito obrigatório)

  • residência em cirurgia oncológica: 3 anos de especialização focada.

essa jornada de, no mínimo, 11 anos, forja um profissional com resiliência, precisão técnica e um julgamento clínico apurado, capaz de tomar decisões críticas sob pressão.

o perfil do especialista

ser um cirurgião oncológico de sucesso exige mais do que excelência técnica. é preciso ter inteligência emocional para lidar com prognósticos difíceis, capacidade de trabalhar em equipe (discutindo casos em comitês multidisciplinares) e uma dedicação ao aprendizado contínuo, pois a oncologia é uma das áreas que mais evolui na medicina.

🇧🇷 notícia do brasil

saúde mental em alerta: o retrato da OMS e o desafio brasileiro

Um novo e alarmante relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgado nesta semana, revela que quase 1 bilhão de pessoas vivem com algum transtorno mental no mundo, com a ansiedade e a depressão liderando as estatísticas. O documento, que é o maior panorama da saúde mental global em 20 anos, mostra que a pandemia de COVID-19 agravou a crise, aumentando os casos em mais de 25% apenas no primeiro ano.

Os dados apontam que os transtornos mentais são a principal causa de incapacidade no mundo, com pessoas em quadros graves morrendo de 10 a 20 anos mais cedo que a população geral. O relatório destaca também a enorme lacuna no cuidado: globalmente, apenas uma pequena fração dos pacientes recebe tratamento adequado, eficaz e acessível, sendo o estigma e a discriminação barreiras persistentes.

No Brasil, país que já figura entre os líderes em taxas de ansiedade, esses dados são um chamado urgente à ação. A sobrecarga no SUS e a dificuldade de acesso a psiquiatras e psicólogos fazem com que o médico generalista, o pediatra, o cardiologista e o ginecologista sejam, muitas vezes, a primeira e única porta de entrada para esses pacientes. Identificar os sinais, oferecer uma escuta qualificada e saber quando encaminhar não é mais um diferencial, mas uma competência essencial para a prática médica moderna, que precisa combater o estigma e integrar o cuidado da mente ao cuidado do corpo.

🌍 notícia do mundo

ameaça à saúde materna nos EUA: o risco sistêmico dos cortes no medicaid

reprodução The Commonwealth Fund

Uma proposta legislativa para cortar cerca de 1 trilhão de dólares do Medicaid, o programa de saúde pública dos EUA, está acendendo um alerta vermelho na comunidade médica. A medida ameaça desestabilizar o pilar que sustenta a saúde materno-infantil no país, que já enfrenta uma das mais altas taxas de mortalidade materna entre as nações desenvolvidas.

O Medicaid é a principal rede de segurança para gestantes e novas mães, financiando 41% de todos os nascimentos no país, com essa dependência sendo ainda maior em áreas rurais (quase 50%) e entre mulheres negras e hispânicas (mais de 65%), segundo dados da Kaiser Family Foundation (KFF). A proposta de corte ameaça diretamente a continuidade da cobertura estendida para 12 meses pós-parto, uma política crucial para o tratamento de complicações tardias que podem levar à morte.

Relatórios de organizações como a March of Dimes alertam que a medida pode acelerar a criação dos chamados "desertos de cuidado materno", com o fechamento de unidades de obstetrícia em hospitais rurais que dependem do financiamento do programa. Além disso, estudos da Commonwealth Fund demonstram que estados que expandiram o Medicaid tiveram quedas significativas na mortalidade materna, sugerindo que um corte teria o efeito reverso, aprofundando as já graves disparidades raciais na saúde. A ameaça se estende ainda ao cuidado preventivo, colocando em risco o financiamento de clínicas que são a porta de entrada para a saúde reprodutiva de milhões de mulheres.

🃏 flashcards

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