por Dr. João Carvalho & amo medicina

Vamos combinar: todo médico já falou com pacientes por WhatsApp. É prático, rápido e... potencialmente explosivo do ponto de vista legal. A LGPD não veio para ser chata – ela veio para evitar que você vire manchete do tipo "médico expõe dados de pacientes em grupo errado".

Primeiro, a realidade nua e crua: WhatsApp comum não é LGPD-amigável para uso médico. É como fazer cirurgia sem luvas – até pode dar certo, mas o risco é desnecessário. A plataforma não oferece as garantias de segurança exigidas para dados sensíveis de saúde segundo a ANPD.

Mas calma, não precisa voltar ao pombo-correio. O WhatsApp Business já oferece algumas melhorias, como mensagens automáticas e labels organizacionais. Ainda não é ideal, mas é um começo. A dica de ouro: sempre obtenha consentimento por escrito (sim, aquele PDF chato) antes de adicionar qualquer paciente.

Aqui vai um framework prático: use o WhatsApp apenas para agendamentos e lembretes. Nunca, jamais, em hipótese alguma, discuta diagnósticos, envie exames ou fotos clínicas por ali. Para isso, existem plataformas específicas como Medicinia ou Conexa Saúde, que são criptografadas ponta-a-ponta e LGPD-amigáveis.

Curiosidade: um vazamento de dados médicos pode gerar multa de até 2% do faturamento da clínica (limitado a R$ 50 milhões). Um processo por uso inadequado de dados? Além da grana, pode custar seu CRM segundo o Código de Ética Médica.

A regra de ouro: trate dados médicos no WhatsApp como trataria dinheiro vivo – com muito cuidado e preferentemente em cofres apropriados. Configure backup automático desligado, ative verificação em duas etapas e, principalmente, eduque sua equipe. A recepcionista que manda foto de prontuário "só pra ajudar" pode ser seu maior risco. Prevenir ainda é o melhor remédio, inclusive juridicamente.

por Aristo

Pediatria parece simples, mas exatamente por isso dificulta tanto. A prova cobra o arroz com feijão da prática: rotina bem feita, interpretação de curvas e conduta segura. Não é sobre saber tudo, é sobre não errar o essencial.

É justamente por confiar demais no “óbvio” que muita gente escorrega em imunização, icterícia ou crescimento. Os temas mais frequentes estão ligados à Atenção Primária, onde o erro custa caro.

TOP3 PARETO:

Curvas do MS/OMS, marcos esperados por idade, sinais de atraso e fatores de risco. Saber interpretar corretamente uma curva vale questão inteira.

Zonas de Kramer, quando pedir bilirrubina sérica, indicações de fototerapia e risco de kernicterus. A linha entre o normal e o patológico é questão clássica.

Calendário oficial, vacinação ao nascer e em prematuros, contraindicações absolutas e manejo de eventos adversos. É onde a banca testa seu domínio da rotina do SUS.

A Aristo preparou um presente exclusivo para os Assinantes Amo medicina com um guia visual que chamamos de Expresso Pareto do assunto “Crescimento e Desenvolvimento” para te dar mais uma ferramenta de estudos para essa reta final para o Enamed:

por D4U Immigration

Sempre sonhou com uma carreira médica internacional? Em parceria com a

D4U Immigration, estamos disponibilizando um e-book exclusivo e gratuito que é o mapa completo para médicos brasileiros que desejam atuar nos Estados Unidos.

Neste guia, você encontrará o passo a passo detalhado sobre a validação do diploma , os exames do USMLE e as estratégias para conseguir uma vaga de residência médica no país mais competitivo do mundo. É o material que faltava para transformar seu sonho em um projeto de carreira.

💰 Negócios: Operadora de saúde fatura R$ 700 milhões com foco em atenção primária.
💻 Saúde Digital: Plataforma usa tecnologia para fortalecer a jornada do paciente na APS.
🎓 Academia: Universidade abre processo seletivo para professores do curso de Medicina.

O Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou nesta semana um novo conjunto de Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) para os cursos de medicina no Brasil, promovendo a maior reestruturação na formação médica dos últimos anos. As mudanças, que ainda precisam ser homologadas pelo Ministério da Educação, têm três pilares centrais: maior imersão no SUS, foco em diversidade e inclusão, e a criação de uma avaliação seriada nacional.

Pelas novas regras, os estudantes de medicina deverão ter, no mínimo, 30% da carga horária do internato dedicada à Atenção Primária e Medicina de Família e Comunidade, e outros 30% em serviços de Urgência e Emergência do SUS. O objetivo é fortalecer a formação de um profissional mais preparado para a realidade da saúde pública brasileira.

As diretrizes também inovam ao exigir que os currículos abordem de forma mais robusta temas como a saúde da população negra, indígena, LGBTQIA+ e de pessoas com deficiência, além de um foco maior em saúde mental. A mudança mais estrutural, no entanto, é a criação de uma avaliação nacional seriada obrigatória, aplicada a cada dois anos ao longo do curso. O desempenho do estudante nesse exame será um componente obrigatório para a conclusão da graduação e para a classificação nos exames de residência médica, buscando unificar a régua de qualidade da formação no país.

As novas diretrizes valerão para os cursos de medicina que iniciarem suas atividades a partir de 2025.

Uma equipe de cientistas japoneses alcançou um feito inédito e revolucionário: a criação, pela primeira vez em laboratório, de oogônias, as células precursoras que dão origem aos óvulos, a partir de células da pele de uma mulher. A pesquisa, liderada pelo renomado biólogo Mitinori Saitou, da Universidade de Kyoto, abre uma nova e fascinante fronteira para o tratamento da infertilidade.

A técnica envolveu a reprogramação de células da pele para que retornassem ao seu estado de pluripotência (células-tronco), semelhante ao estágio embrionário. Em seguida, utilizando um coquetel de proteínas e um ambiente de cultura que simulava o útero, os pesquisadores conseguiram induzir essas células a se diferenciarem em oogônias. Embora essas células ainda não sejam óvulos maduros e funcionais, elas representam a primeira etapa crucial do desenvolvimento ovariano.

Este avanço tem o potencial de, no futuro, permitir que mulheres que não podem produzir óvulos, seja por idade, tratamentos como quimioterapia ou condições genéticas, possam ter filhos biológicos. A pesquisa também abre caminho para um entendimento muito mais profundo sobre o desenvolvimento dos óvulos humanos e as causas de certas formas de infertilidade. Apesar do otimismo, os cientistas ressaltam que a técnica ainda está em estágio inicial, e o caminho para o uso clínico é longo e envolve complexas questões éticas e de segurança.

confira a resposta do flashcard anterior e desafie-se com a próxima pergunta!

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